domingo, 12 de agosto de 2012

Colocação Pronominal


É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase.
Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas normas devem ser observadas, sobretudo, na linguagem escrita.

Dicas:
Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois mesóclise e em último caso, ênclise.

PrócliseÉ a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada:

1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São elas:

a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.

Ex.: Não se esqueça de mim.

b) Advérbios. 
Ex.: Agora se negam a depor.

c) Conjunções subordinativas. 
Ex.: Soube que me negariam.

d) Pronomes relativos. 
Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas.

e) Pronomes indefinidos. 
Ex.: Poucos te deram a oportunidade.

f) Pronomes demonstrativos. 
Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas.

2) Orações iniciadas por palavras interrogativas. 
Ex.: Quem te fez a encomenda?

3) Orações iniciadas por palavras exclamativas. 
Ex.: Quanto se ofendem por nada!

4) Orações que exprimem desejo (orações optativas). 
Ex.: Que Deus o ajude.

MesócliseÉ a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada:

1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise. 
Exemplos:

Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo.
Não fosse os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.

ÊncliseÉ a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis:

1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. 
Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos.

2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. 
Ex.: Não era minha intenção machucar-te.

3) Quando o verbo iniciar a oração. 
Ex.: Vou-me embora agora mesmo.

4) Quando houver pausa antes do verbo. 
Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.

5- Quando o verbo estiver no gerúndio.

Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.

Dicas:
O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa.
Exemplos:

É preciso encontrar um meio de não o magoar.
É preciso encontrar um meio de não magoá-lo.

Colocação pronominal nas locuções verbais
1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio

a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. 

Ex.: Haviam-me convidado para a festa.

b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo auxiliar.
Ex.: Não me haviam convidado para a festa.

Dicas:
Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele. 

Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa.

2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio:

a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
Exemplos:

Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-lhe esclarecer o ocorrido.
Estavam chamando-me pelo alto-falante./ Estavam-me chamando pelo alto-falante.

b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. Exemplos:

Não posso esclarecer-lhe o ocorrido./ Não lhe posso esclarecer o ocorrido.
Não estavam chamando-me./ Não me estavam chamando.

Observações importantes:
Emprego de o, a, os, as

1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se alteram.
Exemplos:

Chame-o agora.
Deixei-a mais tranquila.

2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos:

(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho.
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.

3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas.Exemplos:

Chamem-no agora.
Põe-na sobre a mesa.

4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos: mo, to, lho, no-lo, vo-lo, formas em desuso, podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise. 
Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro)
Fonte:http://www.portugues.com.br/gramatica/colocacao-pronominal-.html

Analisando as orações subordinadas adjetivas

Assimilar com veemência os conhecimentos adquiridos é, sobretudo, uma questão um tanto quanto complexa. Quando se trata dos assuntos relacionados aos conteúdos gramaticais, a problemática tende a se perpetuar ainda mais. 

Dada a complexidade da qual estes se perfazem, muitas vezes chegamos à conclusão de tê-los compreendido, contudo não os apreendemos da forma como deveria, posto que “apreender” possui um significado mais amplo. Retrata, antes de tudo, assimilarmos o porquê dos fatos, analisados sob sua mais ínfima essência. 

Tais pressupostos nos subsidiaram para contextualizarmo-nos ao caso das orações subordinadas adjetivas.Por que restritivas e por que explicativas? Seria somente pela presença da vírgula?
Certamente que se nos apoiarmos neste pressuposto, teremos uma noção muito vaga acerca do assunto. Assim sendo, nada que uma boa explicação não nos permita compartilhar um pouco mais dos “encantos” revelados pela linguagem, não é mesmo? Então partiremos para entender como realmente se dá tal ocorrência. 

O fato é que devemos partir do princípio de que as orações subordinadas adjetivas restritivas relacionam-se a um a conjunto de seres, e que deste conjunto saem subconjuntos que a ele se relacionam. Observe:

Os cães que são  peludos saíram pela porta dos fundos. 
Ora, há uma infinidade de cães com características próprias: peludos, com poucos pelos, grandes, de pequeno porte, etc. 

Por isso, o discurso ora retratado restringe-se somente àqueles dotados do referido perfil – peludos. Daí a denominação de restritivas. 

Já as adjetivas explicativas não se caracterizam somente pelo sinal de pontuação, há algo mais a que devemos nos atentar. Veja: 

Recife, que é a capital pernambucana, desfruta de inúmeras opções de lazer.Obviamente que se trata de uma explicação a mais ora atribuída à cidade em questão, mas a verdade é que todos sabem que ela é a capital do estado pernambucano, isto é, faz parte de uma verdade universal, razão pela qual se explica o fato de serem explicativas.

Fonte:http://www.portugues.com.br/gramatica/analisando-as-oracoesubordinadas-adjetivas.html

Agente da passiva

Um fato que por vezes se torna mais e mais comprovado é a questão de os conteúdos gramaticais se apresentarem interligados entre si, ou seja, um assunto decorre de um do qual já temos conhecimento, o outro também, e assim sucessivamente. 

Esse que trataremos a seguir nos remete a uma das flexões apresentadas pela classe gramatical representada pelos verbos – a flexão de voz –, uma vez que ela indica a relação que ocorre entre o sujeito de um verbo e o processo que esse verbo expressa. Nesse sentido, analisemos: 

O aluno resolveu a questão.
Temos que o sujeito se revela por “O aluno”;

Resolveu – predicado;

A questão – objeto direto, pois complementa o sentido do verbo resolver.
Podemos também observar que o referido sujeito, além de ocupar tal posição, pratica a ação expressa pelo verbo, ou seja, a ação de resolver a questão. Daí, em se tratando da voz verbal, constatamos que o verbo se encontra na voz ativa. 

No entanto, caso quiséssemos transformá-la para a voz passiva, obteríamos como resultado: 

A questão foi resolvida pelo aluno.
O sujeito agora se representa por “a questão”, o qual agora já não mais é o agente, mas sim paciente. Motivo esse que nos faz inferir que se trata de tal modalidade (voz passiva), fato também constatado quando observamos que o verbo se encontra na forma passiva (“foi resolvida”). 

Mas, afinal, estaria ela expressa na voz passiva analítica ou sintética? Certamente que de acordo com nossos conhecimentos anteriormente adquiridos temos que se trata da voz passiva analítica, formada com o auxílio de um verbo auxiliar conjugado (“foi”), seguido de um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto, expresso no particípio (“resolvida”). 

Assim sendo, se o sujeito nesse caso é paciente, então quem é o agente? 

Pois bem, o termo “pelo aluno” executa tal função, classificando-se como o agente da passiva, dado o ato de praticar a ação expressa pelo verbo, estando esse na voz passiva. 

Compreendemos, enfim, os traços que caracterizam o objeto de nosso estudo.

Fonte:http://www.portugues.com.br/gramatica/agente-passiva.html

As orações subordinadas adverbiais – não as decore, analise-as

Mediante os conteúdos gramaticais com os quais nos deparamos enquanto aprendizes, há aqueles que, por serem um tanto complexos e extensos, podem porventura causar-nos uma certa repulsa. Tal constatação, às vezes “emerge” sem ao menos estabelecermos contato com o assunto evidenciado, e isso, sem nenhuma dúvida, pode funcionar como um verdadeiro entrave diante da apreensão do conhecimento. 

A título de ilustração da ocorrência mencionada, citamos o caso das orações subordinadas adverbiais. Muitas vezes imaginamos que a melhor alternativa para aprendê-las é simplesmente decorá-las. Eis aí uma concepção errônea e, diante disso, o artigo em questão prioriza algumas elucidações que farão você, caro (a) usuário (a), entender o porquê de tal aspecto. 

Utilizando-se da famosa “decoreba”, mediante a lista das muitas conjunções que as integram, o que normalmente ocorre é rotulá-las, sendo que tal prática permite com que nos preocupemos mais com as nomenclaturas do que com o uso efetivo das estruturas linguísticas, analisadas num dado contexto. Dessa forma, torna-se conveniente que em vez de assim procedermos, passemos a analisá-las de uma forma minuciosa, atendo-nos, principalmente, à situação contextual em que se encontram demarcadas, pois uma mesma conjunção, como por exemplo, o “como”, pode ocupar funções distintas. Assim sendo, analisemos os casos demonstrados a seguir: 

Fizemos a pesquisa como o professor nos orientou.A relação estabelecida pelo conectivo (conjunção) é a de conformidade (Conforme o professor nos orientou, fizemos a pesquisa)

Como o professor não havia nos orientado antes, não pudemos fazer a pesquisa. Constatamos que se trata de um mesmo conectivo, porém retratando a ideia de causa, ou seja, qual a causa de não termos feito a pesquisa?

Os alunos fizeram a pesquisa como os da outra turma. A mesma ocorrência se efetiva, contudo, a relação que aqui se estabelece é a de comparação.
Percebeu as peculiaridades? Então, esteja atento (a) a elas!

Fonte:http://www.portugues.com.br/gramatica/as-oracoes-subordinadas-adverbiais-nao-as-decore-analise-as.html

Agradecê-lo ou Agradecer-lhe?


Agradecê-lo ou agradecer-lhe? Estamos, pois, diante de um fato linguístico o qual nos convida a expressar todo conhecimento do qual dispomos acerca da regência verbal. Ora, quando nela falamos, estamos fazendo referência à relação estabelecida entre os verbos e seus respectivos complementos. Mas como se dá essa relação?
No intuito de melhor esclarecermos tal afirmativa, pensemos na possibilidade de que determinados verbos não subsistem sozinhos, ou seja, para serem completos necessitam de estar acompanhados de outro termo. Vejamos:
Entregamos as encomendas.
Constatamos que “as encomendas” representa o complemento do verbo em questão, que no caso é “entregar”. Outro aspecto ao qual devemos estar atentos é que essa complementação se deu sem o intermédio de outra palavra – razão esta que nos faz remeter à ideia de objeto direto.
Mas se o discurso se prolongar, o emissor poderia optar por dizer mais ou menos assim:
Entregamos as encomendas aos clientes.
Aí sim, a outra “parte” se revela intermediada por uma preposição, haja vista que o verbo entregar é regido por um objeto direto (complemento de coisa) e por um objeto indireto (complemento de pessoa).
Assim, tendo em vista que representando esses tais complementos figuram-se alguns pronomes oblíquos, ora fazendo o papel de objeto direto, ora de indireto, analisemos:
Quem agradece não agradece alguém, mas sim a alguém.
Dessa forma, por que utilizamos o pronome oblíquo “lo”, o qual ocupa sempre a função de objeto direto, se o verbo, como já expresso, é regido por um complemento que requer o uso da preposição? Partindo desse pressuposto, podemos concluir que a forma correta, nesse caso, se define poragradecer-lhe, pois o “lhe” ocupará a função de objeto indireto, somente.

A relação transitividade x sentido referente a alguns verbos

Ao nos referirmos à transitividade de um verbo, enfatizamos acerca de uma característica que lhe é intrínseca: o fato de ser considerado nocional, ou seja, aquele que exprime processos, revelando desta forma uma ação, fenômeno natural, desejo, atividade mental. Como expresso nos exemplos subsequentes:


Além de tal característica, há ainda outro aspecto um tanto quanto pertinente – o sentido expresso pelo verbo possui por si só uma ideia completa, ou prescinde de algo para conferir-lhe sentido? 
O presente questionamento faz referência ao fato de que determinados verbos possuem sentido completo, como é o caso do primeiro exemplo. Caso disséssemos somente assim: “meus primos partiram”, perceberíamos que o discurso se mostra perfeitamente claro aos olhos do interlocutor. Defrontamo-nos, portanto, com um verbo intransitivo, isto é, sua ação não transita.

Diferentemente ocorreria ao analisarmos o segundo e terceiro exemplos, haja vista que os verbos que assim os representam necessitam de complementos, ora denominados de transitivos, cuja ação transita entre o complemento de forma direta – Analisamos todos os relatórios -, ou de forma indireta, ou seja, por meio de uma preposição – Todos gostaram muito do passeio. 

Tais pressupostos subsidiaram-nos no intento de compreendemos melhor como se efetiva a transitividade verbal. Entretanto, focalizaremos de forma específica acerca de uma ocorrência que a ela se relaciona: casos em que a mudança de transitividade de alguns verbos incide de igual forma no significado revelado por estes. Eis que são: 

a) Agradar, no sentido de “acariciar”, “fazer carinho”, classifica-se como transitivo direto. 
Ex: Quando ausente, sente falta de agradar os filhos/ Quando ausente, sente falta de agradá-los. 

Revelado pelo sentido de ser “agradável a”, “satisfazer”, “causar agrado a”, classifica-se como transitivo indireto.Ex: A apresentação agradou a todos os convidados. 

b) Assistir, no sentido de “ajudar”, “prestar assistência”, é transitivo direto.
Ex: Assisti a idosa ao atravessar o sinal. 

No sentido de ver, presenciar, classifica-se como transitivo indireto. 
Ex: Assistimos a todos os jogos deste último mundial. 

c) O verbo aspirar denotando “sorver”, “inalar”, é transitivo direto.
Ex: Na loja, a cliente aspirou todas as fragrâncias.

Quando revelado pelo sentido de “almejar’’, “pretender”, assume a posição de transitivo indireto. 
Ex: Aquele antigo funcionário aspirava a um cargo mais elevado. 

d) Chamar, revelado pelo sentido de “convocar”, “solicitar a presença ou a atenção de”, classifica-se como transitivo direto. 
Ex: Por várias vezes, a instituição chamou os candidatos classificados para tomarem posse/ Por várias vezes, a instituição chamou-os para tomarem posse. 

No sentido de “denominar”, “tachar”, tanto pode ser transitivo direto quanto indireto.Exemplos: 

Todos os colegas chamavam a menina gordinha/ Todos os colegas chamavam-na.

Todos os colegas chamaram a menina de gordinha/ Todos os colegas chamaram-lhe de gordinha. 

e) Implicar, revelando o sentido de “ter como consequência”, “acarretar em algo”, revela-se como transitivo direto. 
Ex: A mudança de transitividade verbal implica a mudança de significado. 

Quando expresso pelo sentido de “ter implicância, “embirrar”, classifica-se como transitivo indireto.
Ex: Nossa! Não vejo o porquê de eles implicarem tanto com você. 

f) O verbo proceder, no sentido de “fazer sentido”, “ter fundamento”, classifica-se como intransitivo. 
Ex: Tais discussões realmente não procedem. 

Quando expresso no sentido de “provir”, “originar-se”, classifica-se como transitivo indireto, regido pela preposição “de”.
Ex: Esta arrogância procede da má convivência familiar. 

Quando revelado pelo sentido de “dar início”, “realizar”, é também transitivo indireto: 
Ex: Hoje o diretor procedeu à convocação de todos os alunos.

g) Querer, no sentido de “desejar”, “ter vontade de”, classifica-se como transitivo direto. 
Ex: Muita paz, é somente o que queremos. 

Expresso pelo sentido de “estimar”, “ter afeição a algo ou a alguém”, é transitivo indireto.
Ex: Todos se despediram do amigo que muito lhes queria bem. 

h) Visar, no sentido de “mirar”, “pôr visto”, “rubricar”, classifica-se como transitivo direto. 
Ex: Foi necessário que o gerente visasse o cheque. 

Quando revelado pelo sentido de “ter em vista”, “objetivar”, é transitivo indireto. 
Ex: As decisões conquistadas durante a reunião visavam à melhoria de salários.

Fonte:http://www.portugues.com.br/gramatica/a-relacao-transitividade-x-sentido-referente-alguns-verbos-.html

A disposição das palavras na língua portuguesa


empre que nos propomos a descrever acerca de um determinado fato linguístico, servimo-nos de alguns exemplos, haja vista que tal procedimento parece facilitar ainda mais nossa compreensão. Dessa forma, analisemos o que se apresenta demarcado abaixo:
O aluno respondeu à questão calmamente.
No que diz respeito à ordem como se encontram dispostos os elementos que compõem a oração, temos, respectivamente:
Sujeito – o aluno
Respondeu à questão – predicado
Calmamente – complemento
Inferimos tratar-se do que chamamos de ordem direta das palavras.
Contudo,caso resolvêssemos mudar tal ordem, obteríamos como resultado:
Calmamente, o aluno respondeu à questão.
O aluno, calmamente, respondeu à questão.
Constatamos que a ordem, uma vez alterada, em nada modificou o sentido do discurso, da mensagem.
Tal fato significa dizer que a língua que falamos nos oferece uma gama de possibilidades, de modo a efetivarmos nossas intenções comunicativas da melhor forma possível. Nesse sentido, cabe afirmar que por se tratar de uma diversidade de colocações, não significa admitir que podemos fazer uso delas a esmo, de qualquer maneira. Ao contrário, há alguns princípios básicos de colocação que regulamentam o bom uso que devemos fazer do idioma que falamos, estando eles relacionados a alguns aspectos, tais como:
* Harmonia da frase;
* Clareza do significado;
* Expressividade ou efeitos estilísticos.
Assim, com base em tais pressupostos, analisemos algumas das colocações de que falamos anteriormente:
Colocação e harmonia
Partindo do princípio de que as palavras das quais fazemos uso resultam da combinação de sons, não raras são as vezes que, ao pronunciá-las, o som produzido não se perfaz de uma boa qualidade.
Ele não entregará-me a encomenda.(Constatamos que o uso da ênclise, em se tratando desse caso, além de não ser permitida, ainda provocou um som não muito agradável, em virtude da junção do verbo com o pronome oblíquo).
Assim, no intuito de promovermos essa harmonia sonora, reiteramos:
Ele não me entregará a encomenda.
Colocação e expressividade
Não raro ocorre que, em virtude do efeito que o emissor deseja causar mediante o discurso que profere, opta por conferir mais expressividade às palavras. Assim, dependendo da colocação em que se encontram dispostas as palavras, o sentido a elas atribuído passa a adquirir conotações distintas, como é o que ocorre em:
Você é um grande homem.
Você é um homem grande.
Constatamos que a simples colocação do adjetivo confere ao discurso intenções comunicativas distintas.
Colocação e clareza
Dependendo da colocação em que se encontram demarcadas as palavras num determinado enunciado, a clareza do discurso poderá ficar completamente prejudicada. Tal fato resulta num fator de não textualidade, ora denominado de ambiguidade. Assim, para que possamos conferir acerca de tal ocorrência, analisemos o enunciado abaixo:
O carro atropelou uma pessoa correndo pela calçada.
Não sabemos ao certo se quem estava correndo era a pessoa que foi atropelada ou se foi o carro. Em razão desse aspecto, retifiquemos o enunciado, de modo a torná-lo claro:
Correndo pela avenida, o carro atropelou uma pessoa.
Colocação e significado
Uma mesma palavra, a depender do contexto em que se encontra expressa, pode revelar sentidos também distintos, como é o ocorre nos dois enunciados que seguem:
Ela não lhe revelou segredo algum. (sentido negativo)
Ela lhe revelou algum segredo? (sentido positivo)

A concordância referente a casos de sujeito composto


Ao nos referirmos à concordância verbal, a priori, constatamos que os termos essenciais da oração, ora representado pelo sujeito e predicado, se apresentam ligados entre si por meio de um verbo, e que este concorda com o sujeito em número e pessoa.

Constatação extremamente plausível. Contudo, há que se mencionar que o elemento em discussão (a concordância) configura como um dos mais complexos, o qual integra a parte da gramática relacionada à sintaxe. Diante disso, tal complexidade logo nos remete à ideia de algumas regras e, sobretudo de algumas exceções, obviamente. Partindo dessa premissa, ater-nos- emos a alguns casos representativos, desta feita, àqueles relacionados ao sujeito composto. Eis que são:

# Sujeitos compostos por núcleos sinônimos – Diante de tal ocorrência, o verbo tanto pode permanecer no singular ou ser pluralizado. Exemplos:

Carinho e dedicação caracteriza o perfil materno.
Carinho e dedicação caracterizam o perfil materno.

# Núcleos dispostos em gradação – Quando o sujeito composto for constituído por núcleos dispostos em gradação, o verbo pode concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer no plural. Exemplos:

Dias, horas, minuto, segundo parecem intermináveis à sua espera.
Dias, horas, minuto, segundo parece interminável à sua espera. 

# Núcleos formados pelos termos “ou” e “nem” – Mediante tal aspecto, se a declaração contida no predicado puder se atribuir a todos os núcleos, o verbo permanece no plural. Se esta se referir a somente um deles, ou seja, se forem excludentes, o verbo permanecerá no singular. Exemplos:

Você ou sua irmã poderão ser vencedoras na competição.
Nas eleições estudantis, o diretor ou o secretário será escolhido.


Fonte:http://www.portugues.com.br/gramatica/a-concordancia-referente-casos-sujeito-composto.html

Adjetivo ou Advérbio?


Adjetivo ou advérbio? Eis aí dois importantes elementos que compõem as chamadas classes gramaticais, mas que, no entanto, em se tratando de algumas colocações, representam aquelas incorreções que às vezes cometemos – infringindo, portanto, as leis regidas pela gramática.
Seguindo essa linha de raciocínio, atenhamo-nos ao enunciado:
Discreto, ele saiu da festa.
Quando analisada, tal enunciação nos remete a um questionamento de cunho relevante: seria “ele” discreto ou seria essa a forma como ele saiu da festa?
Para responder a essa pergunta, que tal retomarmos o conceito de advérbio?
Esta classe conceitua-se como a palavra que modifica o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio. Dessa forma, o enunciado em questão necessita ser reformulado, uma vez que, por se tratar da forma como ele deixou a festa, o correto é o uso do advérbio, e não do adjetivo. Nesse sentido, temos:
Discretamente, ele deixou a festa.
Sim, haja vista que o advérbio (discretamente) modifica o verbo sair.
Chegamos, então, ao ápice de nossa discussão: quando usamos adjetivo e quando usamos o advérbio? Conclusão efetivamente comprovada.
Contudo, há alguns casos, porém raros, nos quais o adjetivo pode ser usado no lugar do advérbio, sem que esse (o advérbio) perca a qualidade. Mediante tal ocorrência afirmamos se tratar de uma derivação imprópria – manifestada pela mudança de uma dada classe gramatical para outra. Assim sendo, vejamo-los:
Bastante conhecida por nós, há uma propaganda de cerveja, a qual nos diz: “A cerveja que desce redondo”.
Redondo, neste caso, é o modo como a cerveja desce
Redondo, neste caso, é o modo como a cerveja desce.
A princípio poderíamos até pensar que o adjetivo deveria concordar com o substantivo “cerveja”. Contudo, nesse caso não é a cerveja que desce redondo, mas sim o modo como ela desce. Logo, constatamos que um adjetivo faz o papel de advérbio.


Fonte:http://www.portugues.com.br/gramatica/adjetivo-ou-adverbio.html