segunda-feira, 26 de março de 2012

Menino de 10 anos morre em Betim após levar vassourada do irmão

Uma brincadeira entre irmãos terminou em uma morte, neste domingo (25), no bairro Teresópolis, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar (PM), dois irmãos de 10 e 15 anos jogavam futebol quando o mais novo sofreu um gol e foi advertido pelo mais velho que estaria “avacalhando o jogo”.
Durante o futebol, quando o garoto de 10 anos agachou-se para pegar a bola, o irmão de 15, à distância, jogou uma vassoura, atingindo as costas do mais novo. O menino assustou-se, caiu e bateu com a cabeça no chão.
Segundos depois, de acordo com o boletim de ocorrência da PM, o menino levantou-se, se sentiu mal e caiu novamente. Neste momento, o adolescente de 15 anos pegou o irmão no colo e pediu socorro.
A vítima foi levada pelo padrasto ao Hospital de Teresópolis, onde foi constatada uma lesão na medula. A criança morreu logo depois. O irmão que arremessou a vassoura entrou em desespero e teve uma crise de choro. Ele também foi socorrido na mesma unidade médica.

http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2012/03/menino-de-10-anos-morre-em-betim-apos-levar-vassourada-do-irmao.html

Assonância.

A repetição da mesma vogal nos versos de um poema é chamada de assonância. São as vogais que fazem a melodia do poema. Essa repetição pode ajudar a dar sentido no poema, a sugerir imagens e a provocar sensações no leitor. A repetição das consoantes com o mesmo som é um recurso poético chamado de aliteração. Se a assonância ajuda a construir a melodia do poema, a aliteração reforça o seu ritmo. O uso da aliteração reforça o sentido do poema.

Soneto.

A palavra ''soneto''vem do italiano sonetto, que quer dizer ''pequena canção'', ou literálmente ''pequeno som''. Essa forma poética surgiu na Itália, no começo do século XIII.

Haicais.

Os haicais são uma forma de poema japonês surgida no século XVI. composto , tradicionalmente, por uma única estrofe de três versos , com dezesete sílabas (cinco sílabas no primeiro verso, sete no segundo e cinco no terceiro), um haicai costuma ser escrito numa linguagem simples.

Quadras.

Outra forma fixa muito difundida no Brasil e em Portugal é a trova, também chamada de quadra ou quadrinha. Com uma única estrofe composta de quatro versos, que costuman ter sete sílabas cada um, esta é uma composição poética bastante popular.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Traduzir-se

Uma parte de mim é todo mundo
outra parte é ninguém: Fundo sem fundo.
Uma parte de mim é multidão:
Outra parte é estranheza e solidão.
Uma parte de mim pesa, pondera:
outra parte delira.
Uma parte de mim almoça e janta:
utra parte se espanta.
Uma parte de mim é permanente:
outra parte se sabe de repente.
Uma parte de mim é só vertigem?
outra parte, linguagem.
Traduzir uma parte na outra parte
- que é uma questão de vida ou morte -
será arte?
FERREIRA GULLAR.In Melhores poemas de Ferreira Gullar
(org. Alfredo Bosi). São Paulo: Global, 1983

Poema

A póesia está guertdada nas palavras - é tudo que eu sei.
Mau fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
poderos para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobra as
insignificâncias
(do mundo e as nossa).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios.
Manoel de Barros. In: Tratado geral das grandezas do ìnfimo.
São Paulo Record,2001.

Poema

A póesia está guertdada nas palavras - é tudo que eu sei.
Mau fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
poderos para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobra as
insignificâncias
(do mundo e as nossa).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios.
Manoel de Barros. In: Tratado geral das grandezas do ìnfimo.
São Paulo Record,2001.

Procura da poesia.

[...]
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados,mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos,em estado de dicionário.
Convive com teus poemas,antes de escreve-los.
Tem paciência se obscuros.Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize  consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema e dsprender-se do limbo
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema.Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.

Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta,sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível,que lhe deres:
Trouxeste a chave?

Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite,as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.


                                                                         Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 12 de março de 2012

É poema ou não é ?

Girino é o peixe do sapo;
O silêncio é o começo do papo;
O bigode é a antena do gato;
O cavalo é pasto do carrapato;
O cabrito é o cordeiro da cabra;
O pescoço é a barriga da cobra;
O leitão é um porquinho mais novo;
A galinha é um pouquinho do ovo;
O desejo é o começo do corpo;
Engordar é a tarefa do porco;
A cegonha é a girafa do ganso;
O cachorro é um lobo mais manso;
O escuro é a metade da zebra;
As raízes são as veias da seiva;
O camelo é um cavalo sem sede;
Tartaruga por dentro é parede;
O potrinho é o bezerro da égua;
A batalha é o começo da trégua;
Papagaio é um dragão em miniatura;
Bactérias num meio é cultura.

Personificação ou Proposopeia.

É uma figura de linguagem que consiste em atribuir a seres inanimados ou não humanos características próprias de seres humanos.

Figuras de linguagem.

Num texto literário os autores utilizam simbolôgias,conotações,imagens e novas maneiras de empregas as palavras nas frases,pois,muitas vezes os termos corriqueiros não conseguem expresar com exatidão seus sentimentos.Para traduzir mais facilmente o que querem transmitir,usam Figuras de Linguagem,recursos expressivos utilizados para dar ao texto novas significações,para torna-lo mais adequado as relações subjetivas que pretendem estabelecer com o mundo.

Nunca diga.

Nunca diga.
oque eu digo.
Se eu digo
"esta flor é vermelha",
diga :
"esta flor é amarela".

Se eu digo:
"não arranque esta flor",
diga :
"vou arrancar esta flor",

Se eu digo :
"cuidado com os espinhos"
diga:
"não ligo para os espinhos"

não diga
o que eu digo,
por isso
não poderá dizer:
"esta flor é amarela"
"vou arrancar esta flor"
"não ligo para os espinhos"

pois quem disse
fui eu
e não você

Então,agora,
o que tem
a me dizer?

                                                                                                Heitor Ferraz

Relógio.

As coisas são
As coisas vêm
As coisas vão
As coisas
Vão e vêm
Não em vão
As horas
Vão e vêm
Não em vão


                                                                                    Oswald De Andrade.

Violões que choram.

Vozes veladas,veludosas vozes,
volúpias dos vilõoes,vozes veladas,
vagam nos velhos vórtices velozes
dos ventos,vivas,vãs,vulcanizadas.

                                                                                   Zahidé Muzart.

Ana e o pernilongo.

Havia um pernilongo
chamado Lino
que tocava violino.
Mas era tão pequenino
o Lino
e tocava tão fino
o seu violino,
que nunca ouvi o Lino
nem vi o Lino.

Noturno. Guilherme De Almeida.

Na cidade ,a lua:
a joia branca que boia
na lama da rua.

Quadras ao gosto popular. -> Fernando Pessoa.

Tome lá, minha menina,
O ramalhete que fiz.
Cada flor é pequenina,
Mas tudo junto é feliz.

Tradição Popular.

Sexta-feira faz um ano
Que meu coração fechou
Quem morava dentro dele
Tirou a chave e levou.